O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou medidas para garantir a preservação de vestígios em investigações de crimes contra a vida no Rio de Janeiro. A decisão, proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, atende a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU) e visa assegurar o controle e a averiguação pelo Ministério Público, com acesso facultado à Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Essa providência ocorre nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, e segue as diretrizes estabelecidas pelo Plenário do STF no julgamento do mérito da ação.

De acordo com o ministro, a determinação reforça a necessidade de preservar os vestígios de crimes e de garantir a independência técnica das perícias em casos de homicídios e outros delitos contra a vida. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), será intimado ainda hoje para cumprir a decisão. Além disso, Moraes designou uma audiência conjunta para quarta-feira, 5 de novembro, às 10h, na sala da Primeira Turma do STF, com a participação de órgãos e entidades envolvidos no processo.

Essa medida reflete o compromisso do STF em promover transparência e rigor nas investigações policiais, especialmente em contextos sensíveis como as favelas do estado. A ADPF 635 tem sido um instrumento importante para debater e regular ações policiais, buscando equilibrar a segurança pública com a proteção de direitos fundamentais. Com essa intimação e a audiência marcada, espera-se um avanço no cumprimento das normas estabelecidas pelo tribunal superior.

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