O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou uma oferta de ajuda ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em meio à crise que assola o estado fluminense. A iniciativa inclui o envio de recursos e apoio logístico, com destaque para a vice-governadora Celina Leão, que embarca ainda hoje para o Rio a fim de coordenar esforços conjuntos. No entanto, essa movimentação levanta questionamentos sobre a real efetividade de tais gestos, especialmente considerando o histórico de respostas tardias em situações de emergência no Brasil. Enquanto o Distrito Federal se mobiliza, críticos apontam que ações como essa muitas vezes servem mais como manobra política do que como solução prática, deixando de lado a necessidade de planejamento preventivo para desastres recorrentes.
A oferta de Ibaneis vem em um momento crítico para o Rio de Janeiro, onde problemas como enchentes e instabilidade social demandam intervenções urgentes. Cláudio Castro, por sua vez, aceitou a ajuda, mas o tom das declarações sugere uma dependência excessiva de auxílios externos, o que expõe falhas na gestão local. Celina Leão, ao viajar para o local, representa não apenas solidariedade, mas também uma oportunidade para o DF se posicionar como aliado estratégico. Contudo, é preciso questionar se essa cooperação interestadual mascara ineficiências crônicas, como a falta de investimentos em infraestrutura que poderiam mitigar esses eventos. A sociedade espera mais do que promessas; exige ações concretas que evitem a repetição de tragédias anunciadas.
Por fim, enquanto Ibaneis e Castro trocam cortesias, a população afetada no Rio continua à mercê de soluções paliativas. Essa dinâmica reflete um padrão maior na política brasileira, onde governadores priorizam alianças em detrimento de reformas estruturais. A ida de Celina ao Rio pode ser um passo positivo, mas sem transparência e accountability, corre o risco de se tornar apenas mais um episódio de assistencialismo superficial, ignorando as raízes profundas dos problemas que afligem o país.