A Polícia Civil do Distrito Federal considera fundamental o depoimento de uma amiga de Allany Fernanda, de 13 anos, para desvendar as circunstâncias do assassinato da adolescente. Allany foi morta com um tiro na cabeça dentro de uma kitnet na Quadra 92 do Sol Nascente, em um crime ocorrido por volta das 5h20 da segunda-feira (3/11). O suspeito, Carlos Eduardo Pessoa, de 20 anos, teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia na terça-feira (4/11), após relatar aos policiais militares uma versão considerada insustentável pelas autoridades.

De acordo com fontes policiais, Carlos Eduardo alegou que um rival invadiu o local com a intenção de matá-lo, mas o disparo acertou a menina por engano. No entanto, laudos iniciais revelaram marcas de mordidas dadas pela vítima no peito e no braço do suspeito, o que sugere uma luta corporal no momento do crime. A mãe de Allany, Ivani Oliveira, de 42 anos, relatou que a filha fez uma videochamada afirmando estar na casa de uma amiga, mas investigações indicam que, nesse instante, a adolescente já se encontrava na kitnet de Carlos Eduardo, acompanhada da menor.

A delegada Mariana Almeida, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam 2), explicou que a polícia apura o grau de envolvimento entre o autor e a vítima, incluindo se Allany foi ao local por vontade própria ou à força. Nos próximos dias, depoimentos de testemunhas, como o da amiga, serão colhidos, além da análise de resultados periciais. Carlos Eduardo, que possui passagens por roubo, tráfico de drogas, receptação e lesão corporal, deve ser transferido ao Complexo Penitenciário da Papuda ainda esta semana. Informações em apuração apontam para possível vínculo dele com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

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